sábado, 16 de outubro de 2010

"Frigidez Psicótica"

Eu não conheço mais os meus amigos
Nem me reconheço no espelho
Nem fico do lado das pessoas que me querem

Me disse coisas tão lindas
Mas só naquela noite
Fez elogios tão doces
Mas só na beira da morte

Menina de momentos
Menina de friezas
Meninas de mentiras
E delicadezas

Talvez um dia alguém te bata na cara
E você goze
Talvez uma hora a vida te encara
E o espelho também quebre pra você
Você tem que aprender

Ela sempre esteve do meu lado
Mas eu nunca a quis mais que uma amiga
Ou terapeuta

Me disse coisas tão tristes
Todos os dias
Me confiou essa agonia
E agora era eu quem mentia

Menino de tormentos
Menino sem destreza
Menino de mentiras
E sem delicadezas

Toda manhã me bate na cara
E a gente sofre
Todo hora a rotina me encara
E a gente foge

Vamos fugir para a última estação de trem
Vamos cultuar a natureza
Não há certeza de nada além
Vamos voar pras estrelas

Eles não se encaram
Mas a gente pode criticar?
Vamos pra natureza
Vamos nos cultuar

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